Artigo
A escrita do eu em na água do tempo, de Luísa da Costa
Susana Irion Dalcol
REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DO SUL
FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA-
FAMES
Resumo
O diário, enquanto gênero da escrita do eu apresenta a problemática dos limites entre ficção e não ficção, por se caracterizar pela ambigüidade e pela fugacidade da representação do eu, que se manifesta na fragmentação da escrita. È fundamentalmente esse o aspecto que será abordado na presente análise da obra Na água do tempo, da escritora portuguesa contemporânea Luisa Dacosta.
Palavras-chave: literatura portuguesa, ficção, diário
RESUMEN
El diario, en cuanto género de la escritura del yo, presenta la problemática de los límites entre ficción y no-ficción, por caracterizarse por la ambigüedad y por la fugacidad de la representación del yo, que se manifiesta en la fragmentación de la escrita. Es fundamentalmente ese el aspecto que será abordado en el presente análisis de la obra Na água do tempo, de la escritora portuguesa contemporánea Luisa Dacosta.
Mots-clés: literatura portuguesa, ficción, diario
Os problemas que envolvem a escrita autobiográfica são complexos e suscitam ainda muitas discussões. De modo geral, a escrita do eu, com suas diversas manifestações – autobiografias, memórias, diários, testemunhos -, tem sido cada vez mais cultivada na atualidade, requerendo, assim, um espaço cada vez mais amplo nos debates teóricos da literatura. O diário da escritora portuguesa contemporânea Luísa Dacosta, Na água do tempo, publicado em 1992 pela Quimera Editora, é representativo da produção que privilegia a expressão subjetiva do eu. Interessa-nos analisar como a escrita do eu se manifesta e se configura na obra através de uma estrutura composta por anotações do cotidiano que acabam por revelar presente e passado, individual e coletivo.
O debate crítico sobre a teorização da escrita autobiográfica, gênero que inclui diversas formas de narrativas do eu como a autobiografia, o diário, as confissões, as memórias, envolve uma série de problemas. Loureiro [1] afirma que “hay que insistir en la palabra ‘problemas’ porque la autobiografía parece estar convirtiéndose cada vez más en el campo de batalla en que se dirimen temas centrales del debate teórico literario actual”. A situação se deve ao fato de a investigação sobre o tema ser muito recente ainda no âmbito da crítica. Entre os problemas mais debatidos na atualidade, podemos destacar o próprio caráter de gênero autobiográfico, que é motivo de reflexões e posições divergentes entre os estudiosos.
Por um lado, teóricos como Lejeune [2] e Bruss [3] procuram definir a autobiografia e esclarecer as problemáticas que o gênero abarca. A definição que Lejeune propõe parte de uma série de oposições e aproximações entre o que ele chama de gênero autobiográfico e outros gêneros da literatura íntima como as memórias, o diário e o ensaio. O principal ponto de suas investigações recai sobre o leitor, pois é ele que estabelece o que o autor denominou de “pacto autobiográfico”, constituindo-se em elemento fundamental para distinguir a autobiografia da categoria a que denomina “novela autobiográfica”. Bruss afirma que a essência do gênero autobiográfico reside nos papéis do autor e do leitor. Para a autora, a autobiografia
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adota formas que variam de acordo com cada época e, por isso, depende da atitude do leitor considerar um texto como autobiográfico ou não. Lejeune e Bruss chamam a atenção para a necessidade de que coincida a identidade do autor, do narrador e da personagem a fim de que se estabeleça um contrato de leitura entre autor e leitor. Gusdorf [4], por sua vez, comenta que “la autobiografía es un género literario firmemente establecido, cuya historia se presenta jalonada de una serie de obras maestras, desde las Confesiones de san Agustín”. Por outro lado, Man [5] defende que a escrita autobiográfica não pode ser considerada como um gênero: “empírica y teóricamente, la autobiografía no se presta fácilmente a definiciones teóricas, pues cada ejemplo específico parece ser una excepción a la norma”, Para o autor, a autobiografia não é um gênero ou um modo, mas uma figura de leitura e de entendimento que ocorre em todo texto.
A questão da representação do sujeito é outro ponto considerado polêmico, pois implica pensar nas relações entre os textos da escrita do eu com a ficção e como esta se faz presente nos textos através do registro escrito. Para Gusdorf, por exemplo, não é possível reconstruir o passado como ele foi e, por isso, a autobiografia consiste em uma leitura da experiência, o que nos leva a uma outra questão, considerada central nos estudos autobiográficos: como o texto escrito representa o sujeito. Para o autor, o eu é criado na experiência da escritura; é representação do eu da vida real. Além das problemáticas já citadas, as próprias distinções entre as formas das narrativas do eu são muitas vezes imprecisas e, por isso, torna-se difícil estabelecer critérios rígidos para delimitar características da autobiografia, do diário, das memórias. Gusdorf observa que há uma interpenetração entre todas as formas. Apesar das marcas que caracterizam as diferentes formas do gênero autobiográfico levantadas por Lejeune, há textos íntimos que são difíceis de classificar como diário ou como autobiografia, mas todos se encaixam na escrita do eu.
Na forma de um diário, tecido de fragmentos, Na água do tempo é uma obra cujo conteúdo expresso compreende referências tanto aos eventos do dia a dia, como a outros de ordem variada que incluem recordações do passado, relações de amizade com José Régio, Irene Lisboa, comentários sobre a obra de autores como Cecília Meireles, Aquilino Ribeiro, Camilo Pessanha, José Régio, Irene Lisboa, e a influência deles na vida da narradora, relato de atividades como educadora, comentários sobre sua própria produção literária, desabafos sobre a solidão, sobre a tuberculose que a afligiu durante muito tempo. Além disso, encontramos na obra de Luisa Dacosta a descrição da vida sofrida de muitas mulheres simples das aldeias, a descrição de feiras e de mercados populares, a reprodução de cartas que não foram enviadas, e a narração de pequenas histórias que funcionam como contos intercalados na narrativa, bem como passagens marcadas pela crítica social e política a respeito de Portugal e do contexto mundial.
No conjunto do diário, portanto, muitos fragmentos ultrapassam a seqüência temporal proposta pelas datas, as quais deveriam ter como finalidade situar os acontecimentos no tempo. Em Na água do tempo os registros muitas vezes nada têm a ver com as ocorrências do cotidiano. Nesses casos, o leitor não consegue estabelecer uma relação direta entre data e conteúdo. A data deixa de ter um valor referencial e se transforma em um artifício de organização da escrita fragmentária do diário.
As anotações se estendem por um período de trinta e nove anos da vida da narradora, que vai de agosto de 1948 a dezembro de 1987, abrangendo dos 21 aos 50 anos. As indicações cronológicas que as antecedem não trazem datas completas, somente mês e ano. Muitas vezes os fragmentos são marcados pelo passar das estações do ano, pela descrição da natureza ou por subtítulos que indicam seu conteúdo. A natureza serve também parra expressar o estado de espírito da narradora. Para ela, “Nós mesmos somos a nossa paisagem e temos a alma roída e doente”[6]. Por isso, a tristeza que sente se reflete em tudo que a rodeia, no modo como ela vê a paisagem: “Por cima da cinza do dia, da chuva, da tempestade, há um céu azul, sereno, cheio de claridade solar. Quem andou de avião sabe disso, por experiência. Mas como é difícil de acreditar, quando a cinza do dia se funde com a nossa cinza interior!” (p.257).
Os únicos fragmentos que apresentam a data completa com indicação de dia, mês e ano são aqueles que trazem impressões de viagens, realizadas para lugares como Casablanca, Ilha da Madeira, Timor, Açores, Ponta Delgada, Jerusalém, Galiléia, Telavive, Londres e Brasil. O período de estada da narradora na
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Ilha da Madeira – de 25 a 31 de março de 1976 -, por exemplo, além de trazer as datas completas, apresenta, nos apontamentos, subtítulos que denotam tanto o roteiro da viagem, como peculiaridades desta. São subtítulos da viagem à Ilha da Madeira: “Ilha”, “Informação”, “Museu”, “Ladainha”, “Rito”, “Excursão”, “Trabalho de mulheres”, “Fim de tarde” e “Ponta de São Lourenço”.
Muitos fragmentos revelam, como foi dito, não o momento presente, mas sim o passado. Através das lembranças da infância, da adolescência e da família, a narradora procura expor impressões como elas lhe vêm ao espírito e ao coração. Mescla, para isso, o olhar intimista, que descreve o momento e que é próprio do diário, com o olhar memorialista, de quem está a olhar os fatos a distância, que é característico da autobiografia [7]. Marcas do diário - definido por Gusdorf [8] como um livro aberto que apresenta uma seqüência de instantes e interpretações momentâneas da vida -, e da autobiografia - que se caracteriza pelo enfoque retrospectivo da narração, proveniente de uma elaboração do passado -, ambos gêneros da escrita do eu, estão presentes na obra através desses dois olhares. A distinção entre o olhar intimista do diário e o olhar memorialista da autobiografia, de acordo com o autor, é questionável, pois para ele toda a escrita do eu propõe uma autobiografia em potencial, o que nos permite identificar na obra de Luisa Dacosta a presença dos dois olhares. A própria autora diz que “somos ânsia e memória – é o que em nós fica e nos estremece. Memória somos, até de pedras. Memória de cidades, perdidas, que nos habitam, como rostos.” (p.330). Gusdorf [9] comenta que a memória concede perspectiva e permite considerar as complexidades de uma dada situação no tempo e no espaço. A memória representa, no diário, a tentativa de buscar no passado o alento para o momento presente. O passado, para ela, significa a felicidade, quando não havia a consciência da efemeridade e do desgaste trazido pelo tempo: “Ah! Os velhos tempos! – pensei eu. Sem outono, sem estações, com um tempo, interminável, que se podia gastar à vontade”(p.36). Por mais dolorido que seja o processo de lembrar o passado, é nele que a autora encontra forças para resistir aos sofrimentos do seu momento presente. A memória, portanto, não é um simples mecanismo de recordação, mas é o elemento que permite mostrar o estado de espírito da narradora no momento da escrita e possibilita que o sujeito busque, no processo de narrar, sua própria identidade.
Para Ricoeur [10], uma obra é a configuração do desejo de dizer o ser. Por isso, o homem narra para saber quem é. O autor afirma ainda que “não é de forma intuitiva e imediata que o sujeito se conhece, mas sim através da mediação pelos episódios que vai registando ao longo da sua vida” [11]. Cada sujeito configura os acontecimentos dispersos da sua existência por meio da interpretação pessoal que dá a eles: “É como se a vida só tomasse figura, e um sujeito identidade como sujeito, após o entrelaçamento dos vários episódios da sua vida, de forma a construir uma narrativa com sentido” [12]. A memória, portanto, ocupa papel prioritário nesse contexto, pois permitindo o entrelaçamento dos episódios da vida do sujeito na narrativa, dá vazão ao desejo do sujeito de aprofundar o conhecimento sobre si mesmo.
Em Na água do tempo, esse desejo de se conhecer se manifesta, por exemplo, através das sucessivas vezes em que a narradora se refere à relação de identificação que mantém com a avó Ana e que busca resolver no ato de narrar:
Na água do espelho é que eu fazia nascer o teu rosto, quando me olhava, tentando, perdidamente, recuperar o tempo, sem memória, da tua vida. ... Por momentos, breves momentos, éramos uma só. Mas hoje o meu rosto já não é o teu rosto. E não posso fazer-te nascer na água do espelho, mesmo que quisesse forçar a semelhança enfeitando-me com as tuas jóias. (p.257-8)
É na evocação e na posterior interpretação que faz do passado, através do resgate da memória, que a narradora recupera a presença da avó e, junto a isso, a sua própria identidade. O ato de tomar consciência de que “o meu rosto não é o teu rosto” se configura num penoso exercício de construção de identidade, de
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libertação do fantasma da avó, tantas vezes evocado na obra. As semelhanças entre ambas permanecem, tanto no aspecto físico, como no sofrimento que marca suas vidas, mas o limite foi estabelecido para a preservação da personalidade individual. O que resta é um saudosismo, um sentimentalismo característicos do modo de ser da narradora.
Ao aliar características próprias do diário, como a estrutura fragmentada e a presença de anotações do dia a dia, com outros elementos próprios da escrita do eu, que tem seu suporte na memória, na reconstituição do passado, a obra adquire uma maior complexidade, evidenciada já no prefácio assinado pela autora. Nele, Luisa Dacosta apresenta uma reflexão, a princípio em terceira pessoa, sobre o “olhar naufragado” na água do tempo de uma mulher que faz um balanço entre passado e presente e percebe que nada ficara; apenas “vagas luzes, vagas horas, vagos pensamentos, vagos desejos, perplexidades, rescaldos de revoltas impotentes” (p.11). Vivendo na solidão, sem pai, sem marido, sem filhas, sem a sua casa de outrora (da infância e juventude), só lhe resta a casa atual, essa sem os retratos dos seus mortos, sem suas flores, sem nada.
Em suas reflexões, o passado ela relaciona com o olhar em um “espelho de aparências”, no qual via-se jovem, segura de tudo e repleta de vida. Nesse espelho não se vê mais e então se volta ao seu espelho interior; o “espelho-poço”, no qual até na superfície vê as marcas da erosão da vida. No espelho interior se procurara entre as que tinha sido e enxergava só a perda e a memória como fragmentos, como “peças de um puzzle sem sentido” (p.15). Resta para ela apenas o desengano, a certeza de que não se pode regressar no tempo, aspecto que é reforçado mais adiante, no decorrer da narrativa, quando fala sobre o tempo: “Ah! O tempo, malvado, que fugia com pernas de rapaz novo! Quem o apanhasse! E pudesse voltar àquele, em que os mortos riam e viviam, sem tragédia nem loucura!” (p.132).
Para a narradora, lembrar o passado, que não pode trazer de volta, é doloroso. A memória, então, se torna maléfica, pois traz aquilo que já não é possível resgatar e reviver. Referindo-se à tuberculose que a acompanha, afirma que o mal físico não importa, pois é sua alma que sofre, porque não consegue livrar-se das recordações:
Não é a minha tuberculose que me apoquenta, é a minha alma doente, não ter a saúde dos que fazem e esquecem, dos que nascem todos os dias sem passado, sem recordações. Mas eu não consigo livrar-me da sonda maléfica da memória, que me revolve, que me broca e me mostra o que foi e já não é. (p.67)
Dessas reflexões advém a imagem do olhar naufragado na água do tempo. Água e tempo são as metáforas do mergulho no vivido e representam a impossibilidade de resgatar o vivido no tempo. Esse é marcado, como a água que “no seu movimento incessante, corrói, desgasta, apodrece, liquefaz, entre os limos...” (p.17), só permitindo que sobrevivam fragmentos na memória.
Em meio a tanto pessimismo, o prefácio traz o desejo de resistir, mesmo como um náufrago, e de buscar, mesmo que em fragmentos e de forma dolorosa, o equilíbrio da vida através da memória. Essa busca se concretiza por meio da escrita. Ela possibilita que os fragmentos sirvam para a compreensão do vivido e para a superação do sofrimento cotidiano. A utilização da escrita, no entanto, remete a uma questão essencial sobre o caráter de representação que não deve ficar escamoteado na obra e que está implícito na construção do prefácio de Luisa Dacosta. Nele, a autora fala de si, de sua vida, com um distanciamento que é marcado pelo uso da terceira pessoa. É somente com a leitura do diário que o leitor vai juntando as peças desse puzzle e percebendo que a mulher a quem a autora se refere no prefácio é ela mesma.
Ao se colocar como outra, Luisa Dacosta revela sua consciência de que a escrita é representação e que o eu vivido não é mesmo eu da escrita. Essa consciência da representação através da escrita é reforçada quando a narradora afirma que “as palavras exprimem-nos tão pouco...” (p.28). Dessa forma, enfatiza a impossibilidade de a escrita coincidir com a exata expressão do eu, já que sempre haverá lacunas. Gusdorf
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[13] associa a prática do redator ao fotógrafo, que tenta captar a realidade e imortalizá-la através da fotografia. No entanto essa captação é impossível, pois o resultado não é a realidade: o eu da fotografia já é morto. No caso da escrita, essa entra em choque com a fugacidade e a precariedade da ordem mental. Entre o vivido e a escrita se realiza uma transformação do eu na forma do discurso. A escrita do eu, que resulta de um desejo de aprofundar o conhecimento de si mesmo, possui um caráter psicoterapêutico, que assinala a busca do equilíbrio. Mas enquanto a escrita fixa e imortaliza o evento ou o sentimento, da mesma forma que a fotografia, a identidade do ser humano não aceita moldura fixa, o que expõe a impossibilidade de um acesso direto à verdade pela escrita e acentua o seu caráter de representação. O diário, enquanto gênero da escrita do eu, é capaz de captar essa problemática por se caracterizar pela ambigüidade e pela fugacidade da representação do eu através da fragmentação da escrita, aspecto que está expresso em Na água do tempo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRUSS, Elizabeth. Actos literarios. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
DACOSTA, Luisa. Na água do tempo. Lisboa: Quimera, 1992.
GOMES, Isabel. Dossier Paul Ricouer. Porto: Porto Editora, 1999.
GUSDORF, Georges. Les écritures du moi. Paris: Odile Jacob, 1991. {Lignes de vie 1}
___. Condiciones y límites de la autobiografía. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
LEJEUNE, Phillipe. El pacto autobiográfico. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
LOUREIRO, Angel G. Problemas teóricos de la autobiografía. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
MAN, Paul de. La autobiografía como desfiguración. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
RICOUER, Paul. O si mesmo como um outro. Campinas: Papirus, 1991.
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NOTAS:
- LOUREIRO, Angel G. Problemas teóricos de la autobiografía. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991, p.3.
- LEJEUNE, Phillipe. El pacto autobiográfico. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
- BRUSS, Elizabeth. Actos literarios. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
- GUSDORF, Georges. Condiciones y límites de la autobiografía. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991, p.9.
- MAN, Paul de. La autobiografía como desfiguración. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991, p.113.
- DACOSTA, Luisa. Na água do tempo. Lisboa: Quimera, 1992, p.321. As demais citações da obra serão retiradas dessa edição, sendo indicado entre parênteses somente o número da página na qual se encontram.
- GUSDORF , em Les écritures du moi. Paris: Odile Jacob, 1991. {Lignes de vie 1}, analisa e discute a classificação proposta por Girard para o diário íntimo e a autobiografia, destacando o olhar intimista, como o de um passante, para o diário e o olhar memorialista, de quem olha à distância, para a autobiografia.
- GUSDORF, Georges. Les écritures du moi. Paris: Odile Jacob, 1991. {Lignes de vie 1}
- GUSDORF, Georges. Condiciones y límites de la autobiografía. In: Anthropos 29. La autobiografía y sus problemas teóricos – Estudios e investigación documental. Barcelona: Editorial Anthropos, 1991.
- Cf. GOMES, Isabel. Dossier Paul Ricouer. Porto: Porto Editora, 1999.
- Cf. GOMES, Isabel. Dossier Paul Ricouer. Porto: Porto Editora, 1999, p.52.
- Idem, p.52.
- GUSDORF, Georges. Les écritures du moi. Paris: Odile Jacob, 1991. {Lignes de vie 1}
Susana Irion Dalcol
susanadalcol@yahoo.com.br
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O MARRARE - Revista da Pós-Graduação em Literatura Portuguesa da UERJ
www.omarrare.uerj.br/numero7/suzana.htm
Número 7 (2006) - ISSN 1981-870X