O Marrare número 14
Confira em O Marrare - Entrevista com Salgado Maranhão: "Poeta é aquele que não sabe ser de outro jeito."

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Apresentação

Sobre o marrare número 14

Á parte o talento, esses homens tinham para narrar coisas extraordinárias! Seja qual for o ponto de vista, por onde o historiador encare a revolução liberal, a verdade é que nenhum espírito despreocupado e justo lhe pode negar a grandeza. Não eram rhetorica as palavras – masmorra, exílio, patíbulo, campo de batalha! Uns tinham gemido nos ergastulos, outros experimentado as penúrias da emigração. Este perdera um parente ou um amigo na corça, aquelle tinha assignalado no corpo, por uma cicatriz, um dia de refrega! (p145)

O Marrare, em seu décimo quarto número, selecionou para a seção "Alfarrábios", uma das cartas de Camilo Castelo Branco, que faz parte da polêmica A questão Sebenta.

Na seção de entrevista Salgado Maranhão, poeta e letrista da música popular brasileira, conversa com Iracy de Souza: "Minha poética gravita na borda da língua, nesse equilíbrio delicado em que um passo para trás é o lugar comum e um passo para frente é o ininteligível."

O artigo "Le merveilleux et la poetique de l'incertain dans la dame au pied de chevre (du moyen age au xxi siecle)", de Ana Maria Machado e a introdução do ensaio de Margaret Cohen "A Educação sentimental do romance", ambos traduzidos por Maria Cristina Batalha, a resenha de Monica Rector intitulada "Do medo à emoção", baseada no último romance de Helena Marques: "O bazar alemão" são os textos dos convidados internacionais para este número.

Marcus Alexandre Motta, a partir de um fragmento de frase, retirado de Machado de Assis em Várias histórias, apresenta algumas reflexões sobre o conto como expressão da verdade.

Filosofia e psicanálise orientam as leituras de Hamlet de Shakespeare e de O Príncipe com orelhas de burro de José Régio, feitas, respectivamente, por Mário Bruno e Nadiá Paulo Ferreira.

André Carneiro Ramos interpreta o romance On the road, do escritor americano Jack Kerouac, visando repensar as funções do escritor e do crítico na contemporaneidade.

Isabelle Meira Christ aborda as formas da crueldade em sua leitura do conto O espirro de Vergílio Ferreira e Roberto Costa Assumpção propõe uma nova leitura de Os sertões de Euclides da Cunha. Além da professora convidada, Mônica Rector, na seção de resenhas, Valdemar Valente Junior e Catharina Epprecht apresentam, respectivamente, os livros de Gonçalo Tavares Uma viagem à Índia: melancolia contemporânea [um itinerário]) e de Bernardo Carvalho, O filho da mãe.

Na seção conferência, Carmem Pimentel apresenta seu estudo sobre os gêneros diário, agenda e blog, visando mapear "um possível percurso dos diários aos blogs".

Em Primeiros Ensaios, os textos selecionados pelo Conselho Editorial Nacional foram de Rosilene Rodrigues Coelho, Patrícia Maria dos Santos Santana e Dinamarque Oliveira da Silva. Os artigos foram baseados na dissertação de Mestrado das autoras. O primeiro visa estabelecer uma comparação entre a poesia de Florbela Espanca e as letras das músicas bregas brasileiras, durante o período de 1930 a 1980. O segundo é uma leitura do livro da escritora moçambicana Paulina Chiziane, intitulado Nietzsche: uma história de poligamia. O terceiro texto estuda a obra Memorial do convento no tocante ao narrador irônico.

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