O Marrare número 15
Homenagem ao prof. Dr. Leodegário A. de Azevedo Filho

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MOMENTO SINGULAR

Cláudia Azevedo
islaazevedo@yahoo.com.br

Pai... cada pessoa que te conheceu, cada parente, cada amigo querido, vai sentir a sua falta. Acredito que, sobretudo, pela soma de estórias que tivemos juntos. Cada um teve os seus momentos singulares com você; uns mais sérios, outros mais engraçados, outros até de briga ferrenhas... (defendia suas teorias, principalmente as camonianas, com todo o vigor que nele sobrava, sempre! ).

Não dá pra contar os meus momentos de falta. JAMAIS! São tantos, tão constantes, tão sublimes... Mas um exemplo caseiro do qual nunca vou me esquecer... Meu querido marido tem um momento muito peculiar (não esquecendo os diversos que os dois tiveram intelectualmente...). Momento Duque... : “Duque de Windsor” ... no dia do nosso casamento, na frente do espelho da sala da Lagoa... Henrique se aprontava e, na hora de dar o nó na gravata, o tecido vinha, o tecido voltava e? Nada... papai, delicadamente, perguntou se ele queria ajuda... Prontamente, o “Zizo” aceitou...

Foi com este divino nó, no pescoço (o qual, muitos homens temem..), com o qual casei-me com Henrique...

As estórias são tantas... Cada pessoa que conviveu com ele, sabe dizer, melhor do que eu... Ele foi marcante demais na vida de muita gente... sempre fazendo o bem, sempre tentando fazer deste Mundo, um lugar MELHOR!! Pra mim, fica quase que impossível dizer do que vou sentir mais saudade, haja vista a imensa admiração e amor que por ele tenho. Mas, se eu tivesse que escolher uma única coisa, dentre TODAS.... seria a sua maneira sensacional de contar as estórias. A semi-gargalhada, momentos antes do desfecho de cada estória, ah! Essa eu vou ouvir para sempre, todos os dias, em meu coração. Te amo pai!

“Chegaste Cláudia, linda e verdadeira... Pois bem sei que és sangue do meu sangue, no milagre de Deus reproduzido”.




Cláudia Azevedo


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